Julian: So, I've been thinking aboutthis whole "being happy" thing, especially since I've been doin this documentary. And I feel like people get lost when they think of happiness as a destination.Brooke: Like how do you mean?Julian: Well, we're always thinkin that someday we'll be happy. You know, we'll get that car or that job or that person in our live that'll fix everything.But happiness is a mood, and it's a condition, not a destination. It's like being tired or hungry. It's not permanent. It comes and goes, and that's okay. And I feel like if people thought of it that way, they'd find happiness a lot more often.

One Tree Hill é uma série que me faz reflectir, como só Dawson's Creek conseguiu. É uma série que, se no início, parece uma série típica de adolescentes, acaba por nos transportar para um mundo maturo e real. É uma série em que crescemos e vemos crescer um grupo de amigos. Ao longo destas oito temporadas, sentimo-nos da família e desejamos viver em Tree Hill e saborear um pouco do dia a dia de cada personagem.
Eu vejo muitas séries, é certo. Mas se séries como Gossip Girl ou mesmo Fringe me transportam para um mundo que eu sei que não passa de ficção ou longínquo, One Tree Hill não. One Tree Hill sabe como criar um mundo real, com situações nas quais qualquer um de nós nos podemos integrar no nosso quotidiano. Muitos dos episódios são, até, dirigidos por alguns actores do elenco. É aquilo que eu chamo de uma série perfeita.
A citação acima saiu directamente do último episódio da série, "Mouthful of Diamonds".
Muitas vezes pensei na felicidade como uma condição. Estar feliz ao olhar para um casal de idosos a passear num jardim e, no minuto seguinte, estar infeliz ao olhar para um sem-abrigo a suplicar por uma esmola. Neste momento, por exemplo, sinto-me infeliz. Miserável. Triste. Este tempo não ajuda. Chuva e vento. Não falo do frio, porque o frio normalmente deixa-me feliz. Mas a chuva e o vento transportam-me para um mundo de trevas, ao pé de um castelo negro como aqueles dos desenhos animados.
A felicidade pode chegar-nos de pequenas coisas e de grande coisas, mas é importante saber que é algo que vem e vai. Nunca fica. Nunca é permanente. Não podemos querer ficar com ela para sempre e prendê-la numa masmorra do nosso castelo.
Lembro-me que fiz isso contigo. Prendi-te, amarrei-te e alimentei-te como um rei mesmo que estivesses preso. Fazia de ti a minha fonte de felicidade sem nunca perceber que a certa altura, a fonte que outrora fora de felicidade, passara a fornecer ódio e desprezo. Quando percebi e te quis desprender daquelas cordas roídas, já era tarde de mais. Já estava presa contigo, estávamos os dois aprisionados numa história que nada de bom nos trazia.
Tarde percebi que a felicidade não dura para sempre, que não poderia estar com a pessoa feliz que outrora tinhas sido, sendo a pessoa feliz que me tornaste. Tornámos-nos pessoas tristes e amargas, tarde de mais. Deixámos passar muito tempo, forçámos demasiado a nossa felicidade. Forçámos demasiado o nosso amor.
Com as cordas roídas e desfeitas no chão, olhámos um para o outro e virámos costas. Nada havia a dizer sobre a prisão em que nos encontrámos durante tanto tempo. Tanto tempo a fingir e quando nos sentimos livres é que recuperámos aquela condição da qual há muito tínhamos saído. Estávamos felizes. Finalmente, felizes.
3 comentários:
:´) tão bonito! só vi a 1ª série do One tree Hill mas é verdade, séris como Gossip Girl são giras e deslumbram com a cor e a "riqueza de cenários" mas são um mundo que está longe!
beijinho minha querida***
Primeiro de tudo , tenho de agradecer-te o facto de teres comentado o meu blog , e como forma de agradecido , vou tentar retribuir o comentário.
Que texto soberbo , houve inclusive partes que me identifiquei e revivi alguns dotes característicos da minha rotina (relacional) arcaica . No entanto é discutível as palavras que exerceste " a felicidade nunca dura para sempre" , ora bem , a responsabilidade dos actos é sucumbida à pessoas e não a coisas/sentimentos , e a felicidade é uma ambiguidade motora, cada um exerce a sua funcionalidade consoante a sua vontade , se a felicidade acaba , é porque a ligação vontade-felicidade dessa pessoa também teve o fim ; ) . Era capaz de aprofundar mais este pensamento , mas vou deixa-lo para outra altura .
E a propósito , não te via como uma visionaria de Series , surpreendeste-me não só pelo texto , mas também por isso . Não tive a oportunidade de ver One Tree Hill , nunca me motivou muito , mas pelo que aqui relataste parece interessante , ja fringe , adoro ; ) .
excelente post
esse foi o melhor ep dessa temporada ate agora
continue com essa abstração das coisas da vida...
boa sorte :)
Enviar um comentário