segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

I Savour Hate as Much as I Crave Love

Lembro-me do tempo em que pegava numa folha em branco e numa caneta e já estava. Às vezes, quando não havia uma folha, havia sempre um guardanapo, um lenço, um toalhete de mesa. Algo. Alguma coisa para deixar as palavras sairem. Porque nesse tempo, isso era necessário. Doía manter as palavras cá dentro. Nunca vou esquecer aquela dor (tão boa!) de sentir as palavras, silaba a silaba, a torturarem-me cá dentro para conseguirem saírem.
Gostava de voltar a amar para voltar a sentir essa dor inspiradora. Mas, é a vida. Uma inspiração não se pede, não se deseja. Ela vem e vai quando lhe apetece. Um pouco com o amor.
O Amor e a Inspiração são sentimentos muito parecidos. Não podemos chamá-los quando necessitamos deles. Não podemos calá-los quando já não os suportamos. Não podemos viver sem eles e no fundo, é o Amor que chama a Inspiração.
Quando falo do Amor, falo de tudo o que ele contém: a paixão, a tristeza, a melancolia e a felicidade. O pacote todo porque é difícil ter o Amor sem um dos seus componentes tão essenciais.
É pena não podermos chamar o Amor. Hoje apetecia-me que ele me desse um pouco de inspiração.



I savour hate as much as I crave love
Because I’m just a twisted guy
Is this the pinnacle, is this the pinnacle
The pinnacle of being alive?
Now I see the light


PS: Acho que o post passado foi um dos poucos desabafos quotidianos que escrevi aqui no blog. Que grande!

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