Nunca fui muito em modas. Sempre aproveitei a moda para ver o que gostava ou que não gostava, sempre tentando conhecer um pouco mais dela para saber onde criticar ou elogiar. Mas nunca segui fortemente uma moda. Não por não gostar, mas por não querer.
Sempre achei que o que me faria mais feliz, ou aquilo de que gostaria realmente, estava fora do conjunto que é adorado por uma grande massa. Hoje, já não posso dizer o mesmo. Afinal, está na moda gostar de Muse. Está na moda gostar de Pearl Jam. Está na moda em gostar de Ornatos Violeta. Está na moda gostar de All Star's. (acho que o único ponto que os meus gostos não correspondem aos gostos das "grandes massas" é o cinema. Mas isso ficará para outro post).
Hoje, falemos de música. Há uns quatro/cinco anos, eu gostava bastante de um estilo de música: o hip-hop. Tinha um interesse em saber de onde tinha surgido, quem eram os maiores responsáveis, quem eram os maiores marcos. Sentia, naquele altura, que muitas das pessoas que me rodeavam que também gostavam desse estilo de música, também tinham esse interesse e que gostavam de hip-hop porque lhes fazia sentir algo. O que quer que fosse.
Quando senti que já tinha retirado o "sumo" que me fazia feliz do hip-hop, comecei a procurar sons que me interessavam. Ainda me lembro que a banda que me deixou interessada no estilo alternativo foram os Radiohead, com a famosa Creep. Derreti-me e pesquisei, procurei, ouvi, li, vi tudo o que encontrava dos Radiohead. Os Radiohead levaram-me até aos Muse. Os Muse levaram-me até aos Franz Ferdinand. Os Franz Ferdinand levaram-me até aos Interpol. Os Interpol até aos Editors. E poderia continuar.
A verdade é que nessa altura comecei a sentir-me uma outsider. Chegava a parar e a tentar perceber: alguém aqui gosta deste tipo de música?
Depois de ver que eram raras pessoas que sabiam sequer pronunciar correctamente Muse, percebi que isso pouco importava. O sentimento de satisfação ao ouvir e ao explorar essa música já me fazia perceber que nem que fosse sozinha, eu só ia mudar novamente de gosto musical se esses sentimentos se esgotassem.
Hoje, graças a filmes de sucesso como o Twilight ou programas com os Ídolos é ver pessoas que gritam aos cinco cantos do mundo que a banda preferida deles são os Muse ou os Pearl Jam. Por aqui não se critica esses filmes (ou melhor, não se critica as bandas sonoras dos mesmos) ou esses programas, porque que bom ver interesse em saber que os Muse esgotam um Pavilhão Atlântico ou que há interesse em saber quem é o Eddie Vedder (nem que seja para comparar à voz do Filipe Pinto). É bom sentir esse "bichinho" de interesse por parte de quem nunca ouviu os mesmos!
Isto leva-me a outra banda também um pouco controversa: os Tokio Hotel. Apesar de não ser um estilo de música que me conquiste, a verdade é que até acho que a banda não é má. De todo. Com tanta coisa pior, porquê atacar os Tokio Hotel? Porque são extravagantes na forma de se vestir? Porque têm um estilo pouco comum na nossa sociedade? Isso não é motivo suficiente. Lembro-me que os melhores artistas musicais também chocaram com o seu visual, destacando os Beatles.
Agora, se for para criticar a atitude de algumas ou alguns fãs da banda podem contar comigo. Ser fã não é seguir cegamente um estilo que não nos significa nada para nós. Ser fã não é usar palavras fortíssimas como "Amo-te" para demonstrar o carinho que temos por determinada banda. Ser fã não é bater, empurrar ou maltratar outras pessoas para conseguirmos um lugar na primeira fila.
Ser fã é sentir a mensagem do trabalho do artista. Ser fã é conhecer a carreira do artista, o porquê de ele fazer rock e não pop. É conhece-lo, enquanto artista, enquanto profissional, enquanto criador de uma mensagem que nos é algo.
No fim das contas, o que me faz confusão nas modas é segui-las sem seguir uma emoção. Como disse o Paulo Furtado há dias no "5 para a meia-noite", a música é algo emocional. A música é uma emoção, o que ela traz por acréscimo deve ser algo emocional também. Por afinal...sem emoção, nada faz sentido.
Sempre achei que o que me faria mais feliz, ou aquilo de que gostaria realmente, estava fora do conjunto que é adorado por uma grande massa. Hoje, já não posso dizer o mesmo. Afinal, está na moda gostar de Muse. Está na moda gostar de Pearl Jam. Está na moda em gostar de Ornatos Violeta. Está na moda gostar de All Star's. (acho que o único ponto que os meus gostos não correspondem aos gostos das "grandes massas" é o cinema. Mas isso ficará para outro post).
Hoje, falemos de música. Há uns quatro/cinco anos, eu gostava bastante de um estilo de música: o hip-hop. Tinha um interesse em saber de onde tinha surgido, quem eram os maiores responsáveis, quem eram os maiores marcos. Sentia, naquele altura, que muitas das pessoas que me rodeavam que também gostavam desse estilo de música, também tinham esse interesse e que gostavam de hip-hop porque lhes fazia sentir algo. O que quer que fosse.
Quando senti que já tinha retirado o "sumo" que me fazia feliz do hip-hop, comecei a procurar sons que me interessavam. Ainda me lembro que a banda que me deixou interessada no estilo alternativo foram os Radiohead, com a famosa Creep. Derreti-me e pesquisei, procurei, ouvi, li, vi tudo o que encontrava dos Radiohead. Os Radiohead levaram-me até aos Muse. Os Muse levaram-me até aos Franz Ferdinand. Os Franz Ferdinand levaram-me até aos Interpol. Os Interpol até aos Editors. E poderia continuar.
A verdade é que nessa altura comecei a sentir-me uma outsider. Chegava a parar e a tentar perceber: alguém aqui gosta deste tipo de música?
Depois de ver que eram raras pessoas que sabiam sequer pronunciar correctamente Muse, percebi que isso pouco importava. O sentimento de satisfação ao ouvir e ao explorar essa música já me fazia perceber que nem que fosse sozinha, eu só ia mudar novamente de gosto musical se esses sentimentos se esgotassem.
Hoje, graças a filmes de sucesso como o Twilight ou programas com os Ídolos é ver pessoas que gritam aos cinco cantos do mundo que a banda preferida deles são os Muse ou os Pearl Jam. Por aqui não se critica esses filmes (ou melhor, não se critica as bandas sonoras dos mesmos) ou esses programas, porque que bom ver interesse em saber que os Muse esgotam um Pavilhão Atlântico ou que há interesse em saber quem é o Eddie Vedder (nem que seja para comparar à voz do Filipe Pinto). É bom sentir esse "bichinho" de interesse por parte de quem nunca ouviu os mesmos!
Isto leva-me a outra banda também um pouco controversa: os Tokio Hotel. Apesar de não ser um estilo de música que me conquiste, a verdade é que até acho que a banda não é má. De todo. Com tanta coisa pior, porquê atacar os Tokio Hotel? Porque são extravagantes na forma de se vestir? Porque têm um estilo pouco comum na nossa sociedade? Isso não é motivo suficiente. Lembro-me que os melhores artistas musicais também chocaram com o seu visual, destacando os Beatles.
Agora, se for para criticar a atitude de algumas ou alguns fãs da banda podem contar comigo. Ser fã não é seguir cegamente um estilo que não nos significa nada para nós. Ser fã não é usar palavras fortíssimas como "Amo-te" para demonstrar o carinho que temos por determinada banda. Ser fã não é bater, empurrar ou maltratar outras pessoas para conseguirmos um lugar na primeira fila.
Ser fã é sentir a mensagem do trabalho do artista. Ser fã é conhecer a carreira do artista, o porquê de ele fazer rock e não pop. É conhece-lo, enquanto artista, enquanto profissional, enquanto criador de uma mensagem que nos é algo.
No fim das contas, o que me faz confusão nas modas é segui-las sem seguir uma emoção. Como disse o Paulo Furtado há dias no "5 para a meia-noite", a música é algo emocional. A música é uma emoção, o que ela traz por acréscimo deve ser algo emocional também. Por afinal...sem emoção, nada faz sentido.
2 comentários:
acho incrível a necessidade que tens em mostrar aos outros que não és igual a eles. mas és.
isto não é mais que uma afirmação pessoal, camuflada num blogspot.com
cumps!
Talvez seja, mas como disse na última parte do post: se o sou, é porque o faço com algum sentido, emoção ou que seja ;)
E bom, se é uma afirmação pessoal camuflada num blogspot.com ou não, não sei. Mas afirmo o que eu quiser e bem me apetecer onde eu quiser, correcto? :)
Cumprimentos.
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