
Querido A.,
Foi um prazer conhecer-te. Digo isto com um tom de despedida, de um até já que sabemos que será mesmo já já, de um desejo que não te vás. Nem que eu me vá.
Foi um prazer conhecer-te, por dentro e por fora. Foi um prazer tocar em cada caracol do teu cabelo e conhecer essa simpatia que conseguiu devorar toda a minha maldade.
Foi um prazer ser chamada por ti como sendo má, cruel. Gostei, sobretudo, quando me dizias isso ao ouvido para no fim saber que o teu abraço iria clarificar que era essa má, essa cruel, que tu até gostavas...um pouco, como gentilmente dizias.
Foi um prazer ouvir loucuras saídas da tua boca que me fizeram pensar que, apesar da rapidez com que te cruzaste comigo neste presente, tinhas ideias para tornar o até já um agora.
Estavas ali no meio da escada a falar com a C. quando te conheci. É um prazer conhecer-te, disse.
Tudo contigo foi um prazer. Uma rapidez. O salto de comboio de Before Sunset. O dia e a noite de amor de Titanic. Foste como uma noite de copos do quais, na manhã seguinte, só se sente as consequências dentro de nós.
Foi um prazer conhecer-te. E terei todo o prazer em conhecer-te novamente.
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