sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Transatlanticism



Pensamos que algum dia poderemos mudar algo ou alguém. E podemos. Há que acreditar que temos esse poder influenciador sobre alguém. Mudar os vícios de alguém, amenizar a teimosia de outrem, é possível. Todo o ser humano é capaz de produzir uma fórmula de influência mas essa fórmula só resulta quando o receptor a aceita. Como se fosse um convite de amizade no facebook. Ou se aceita, ou se recusa...ou se deixa para mais tarde.
Quando se aceita, as coisas podem correr bem. É criada uma ligação entre as duas pessoas: mutuamente, podem contribuir para a mudança das suas vidas, das suas personalidades, dos seus gostos, dos seus vícios (ou falta deles). É criado o conceito, de forma plena, da Cumplicidade.
Quando se recusa, poderá ir "cuscar-se" o perfil do outro, mas nunca aceder a informações dita "para amigos". Não existe ligação intima, especial, única. O interesse em visitar o perfil do outro poderá durar uns dias...mas nunca para sempre. Sem polén, não há mel. Sem um "sim, aceito", não há relação que perdure.
O pior, é quando vamos adiando o convite. Sem escolher um Sim, ou um Não. Sem escolher um Aceito, ou um Recuso. A impaciência faz com que o outro possa acabar por perder o interesse ou, pior ainda, apagar o perfil do facebook e eliminar a possibilidade bonita do Sim e o interesse regular do Não.
Quando somos postos no intermédio, só há algo a fazer: decidir pela outra pessoa. E, com dados ou não nas mãos, sempre temos o nosso perfil para nos ajudar no nosso caminho. De todos os perfis, só o nosso interessa.

4 comentários:

Anónimo disse...

Consigo perceber plenamente o que queres dizer. Mas lembra-te, as pessoas não são tuas para mudar. E quando houver sequer a ideia de tentar mudar algo numa pessoa não é esse o caminho a decidir.
Tudo tem os primeiros passos: Observação, Avaliação e Confronto, e não Correcção (pelo menos no que toca a pessoas), por isso, pelo menos dentro da minha cabeça, 'mudança' está ao alcance, e como 'dever', apenas do próprio individuo, e não daqueles à sua volta.
Não estou a dizer que não seja possível mudar alguém, muito pelo contrário, as pessoas são facilmente influenciadas, demais até. O que quero dizer é que não é o caminho mais correcto a seguir, até porque não está no nosso direito decidir se devemos mudar alguém ou não.
Já no meu quotidiano nem me vem à cabeça tentar mudar algo, porque como alguém me disse uma vez: " Se não gostas da música, muda de faixa."

Krystel disse...

Concordo plenamente contigo caro(a) anónimo(a).
O texto diz respeito a uma situação concreta que, refutando um pouco o que disseste e com a qual eu concordei, padecia de uma mudança urgente de características de uma determinada pessoa.
E obrigada por essa última frase entre aspas: nunca a tinha ouvido, mas adoptei-a. :)

Anónimo disse...

Tal como disse: "Se não gostas de música, muda de faixa." Se não gostas de algo que vês em alguém, procura algo mais agradável que disfarce esse defeito, digo eu.
Estou para aqui a falar mas não faço ideia de qual seja o caso, ou o grau dessa 'urgência', mas espero que se resolva. :)

Rui disse...

Concordo plenamente com o que o/a anónimo/a disse.
Mas concordo contigo, isto por saber a situação em questão. Mudar sem a pessoa aceitar, nunca faria sentido infelizmente. Frustrante, é perceber que se o convite não foi aceite é porque não era suficientemente tentador para se usufruir da ligação e das informações "só para amigos".
Anyway, como dizes: "De todos os perfis, só o nosso interessa." rematando com uma mudança: "De todos os perfis, só o teu interessa."

Beijinho *